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Fundação Logosófica | Um dos males psicológicos mais generalizados na atualidade (1ª parte)

Por: Fundação Logosófica
11/12/2023 09:00
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Lucian Alexe/Unsplash

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Em épocas anteriores a vida humana corria sem as preocupações e as exigências do presente. Os trabalhos rurais, o artesanato e as próprias funções estatais, eram desempenhados sem a pres­são do tempo. O relógio, tortura do mundo atual, não inquie­tava o homem, cuja existência se desenvolvia sem as deman­das da urgência. Cada homem e cada povo vivia, pois, a vida a seu modo, embora não tivesse consciência cabal da forma de fazê-lo.

Com o crescente desenvolvimento material cresceram as dificuldades e problemas que hoje enfrentamos, que fazem com que o homem caia na impaciência

Os progressos técnicos, os con­flitos trabalhistas, o declínio da moral e, finalmente, a luta pela existência, deram origem às inúmeras complicações que agora perturbam a vida.

Com o crescente desenvolvimento material cresceram também as dificuldades e problemas que hoje enfren­tamos, os quais, ao superexcitarem o ânimo do homem, fazem com que ele caia irremediavelmente na impaciência. Em tal estado, qualquer demora ou inconveniente vinculado a preocupações ou responsabilidades fazem explodir o indivíduo, que a ninguém perdoa, e menos ainda ao causador do dano – causador verdadeiro ou suposto –, a quem atribui tudo o que poderia advir em prejuízo de sua pessoa ou de seus interesses.

Hoje em dia, são poucos os que não experimentam os efeitos das mudanças ocorridas no mundo. Uns vivem angus­tiados pelo afã de não infringir nenhuma das tantas leis que regem a comunidade. Outros se veem acossados pelo problema econômico, da moradia ou do transporte. Os incon­venientes que surgem diariamente e as demoras suportadas sem pausa, com a consciência do tempo que se perde, au­mentam o número de fatores molestos que incitam o ânimo e estimulam o impulso febril da urgência.

Diante da mesa do funcionário indolente e despreocupado, qual pessoa, mesmo a considerada paciente, não explode durante a espera, excitada por sua ostentosa passividade? Seguramente se conseguiria mais, nesses casos, antecipando a ele estas palavras: "Disponho de tempo, senhor. Atenda-me quando puder", pois é comum encontrar no ânimo dos seres humanos certo prurido de fazer o contrário daquilo que lhes é pedido.

Inegavelmente, justifica-se que a impaciência se tenha convertido numa deficiência generalizada, que fustiga e perturba o sistema nervoso do homem.

(Texto extraído do livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, pág. 94)


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